O município de Pranchita é banhado pelos rios: Capanema, Jacutinga, Claro, Pranchita e Aurora. A fauna está em extinção e se cultiva a flora nativa.
Os primeiros habitantes da região onde se localizam os municípios de Pranchita e Santo Antônio do Sudoeste foram dois paraguaios, Dom Lucca Ferreira e João Romero, que chegaram em 1902. Eles extraiam a erva-mate, que era uma das principais riquezas da região. Como não havia estradas, faziam picadas na floresta e se utilizavam de animais para transporte de cargas.
Mais tarde, vieram as famílias dos brasileiros Antonio Colla no ano de 1925, Gregório Ferreira em 1934, Leonardo Canzi e Júlio Giongo em 1938. O último trouxe em lombo de burro, máquinas para montar a primeira serraria, existente ainda hoje no município.
Todas as famílias enfrentavam muitas dificuldades no transcurso da viagem, levando muitos dias para chegar ao local, devido às más condições dos caminhos e ausência total dos meios de transportes.
Os objetos pessoais eram transportados no lombo dos burros ou cavalos, tendo às vezes que acampar, armando barracas ao longo do caminho durante os dias de chuva. As últimas mudanças foram trazidas em carroças e caminhão movido a carvão. As famílias que se instalaram no lugar foram, na maioria, de origem italiana vindos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Pranchita tinha como seu primeiro nome Rio Claro. Até 11 de maio de 1982, antes de sua emancipação política, seu território pertencia ao vizinho município de Santo Antônio do Sudoeste.
Contam os primeiros moradores que Dom Lucca gostava de dar o nome de seus filhos à localidade por onde costumava passar. Assim, o nome Pranchita, vem do nome de uma de suas filhas, chamada Planchita.
Com o desenvolvimento da localidade, Pranchita passou a ser distrito do município de Santo Antônio do Sudoeste, em 26 de fevereiro de 1964, conforme a Lei nº 4.384. O plebiscito ocorreu em 13 de dezembro de 1981 e em 11 de maio de 1982 foi emancipado.
Os símbolos municipais são: A Bandeira, o Hino e o Brasão.
A Bandeira Municipal foi instituída através do Decreto nº 111/84, de 02 de maio de 1984, tendo a cor verde com fundo branco, e tendo em seus quatro cantos três faixas horizontais paralelas seccionadas obliquamente nas suas extremidades internas.
No centro da Bandeira contém um logotipo, representando a letra ?P? estilizada, composta por duas pranchas na cor marrom imitando madeira, uma delas curvada e a outra reta, ambas em perspectiva.
O Brasão de Armas do município foi de autoria de Valdecir Luiz Pezzini, Adamir Batistela, Oliveto Gnoatto, Elizane Ana Jachinski, Heitor Guareschi, Catarina Fedrigo, Eloir Lange, Clair Caramori, Ivo Foppa e Noeli Aparecida Algeri, com interpretação heráldica da coordenação da ENSIPAR (Enciclopédia Simbológica Municipalista Paranaense), sendo um escudo de estilo alemão, formado por curvas simétricas, entrantes e salientes, com extremidade inferior em ponta.
Na parte superior do escudo, sobre o fundo azul claro figura a letra ?P? na cor marrom representando o município. Na parte inferior do escudo consta um campo agricultável, onde estão representadas em suas cores, as três principais culturas municipais: soja (centro), trigo (direita) e milho (esquerda). Sob o escudo, um listel nas cores branca (centro), verde e vermelho (pontas), onde se lê ?Pranchita ? 1982?, indicando respectivamente o topônimo do Município e o ano da emancipação política. O Brasão foi oficializado em 25 de junho de 2002, através da lei nº 295/2002.
ECONOMIA
A renda do município provém basicamente da agricultura, com predominância da pequena propriedade, sendo que a grande maioria das propriedades possui até cinqüenta hectares. Dentre os principais produtos agrícolas cultivados destacam-se: o milho, a soja, o trigo, o feijão e o fumo. Com relação à criação de animais o que predomina é a bovinocultura, suinocultura e avicultura.
As indústrias que predominam no município são de cerâmica, metalúrgica e serrarias, são 13 indústrias, 78 pontos de comércio varejista, 54 serviços e um comércio atacadista.
ASPECTOS CULTURAIS
Algumas festas mais tradicionais são realizadas anualmente com acesso livre e de grande participação por parte da população, tais como a Festa de Nossa Senhora do Carmo, a Festa dos Padroeiros das Comunidades e as Festas Juninas.
Os eventos recreativos e culturais são promovidos pelo Conselho Paroquial, das comunidades rurais, Prefeitura Municipal e outras entidades.
Os locais disponíveis para estas atividades culturais são: Casa da Cultura Prefeito Jandir Feroldi, Praça Arnaldo Busatto, Centro de Tradições Gaúcha Caçula da Fronteira (com quatro pistas de bolão e cancha de bocha), Centro de Convivência do Idoso, Centro Pastoral Padre José Bosmanns, Capela Nossa Senhora Aparecida na Linha São João, Ginásio de Esportes Armindo Viecelli, Ginásio de Esportes da Linha Vista Gaúcha, Estádio das Aroeiras, Clube Serpra (com quadras de areia, tênis, futebol suíço), Pranchita Piscina Clube (com campo de futebol suíço, voleibol, jogo de 48 e salão de eventos sociais) e campos de futebol nas diversas comunidades localizadas no interior (zona rural).
No ano de 1948 foi construída uma pequena capela de madeira para a igreja da comunidade católica, onde aconteceu a primeira festa da Padroeira Nossa Senhora do Carmo, no dia 17 de julho de 1950. Em 10 de dezembro do mesmo ano, instala-se o primeiro sino da igreja. Contam algumas testemunhas que o sino badalou durante todo o dia anunciando a chegada e permanece o mesmo até hoje anunciando os momentos alegres e tristes da comunidade.
Na culinária destaca-se a polenta e outras comidas de origem italiana e como bebida típica o chimarrão, a cachaça e o vinho.
O artesanato também é desenvolvido no município, sendo baseado em fibras naturais, bordado, crochê, pintura em tecido, vidrarias e em telas.
ASPECTOS EDUCACIONAIS
O município de Pranchita conta com nove unidades de ensino, sendo dois estabelecimentos municipais de educação infantil e quatro de ensino fundamental das séries iniciais, três escolas estaduais de ensino fundamental das séries finais e uma que oferta também o ensino médio regular, um Centro Particular de Ensino Profissionalizante que oferta a educação superior em parceria com o IESDE (Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino).
A Escola Municipal Lucila Maria Algeri Spaniol que funcionava em prédio compartilhado com o Colégio Estadual Julio Giongo, foi cessada no ano de 2005, pois funcionava em espaço reduzido e pedagogicamente inadequado ao número de alunos, tendo a sua resolução ainda em tramite. Os alunos que ali estudavam foram transferidos para as outras escolas municipais.
HINO DO MUNICÍPIO:
O Hino Municipal foi composto pelas adaptações das letras dos autores Maria Alexandra Hendges, Armindo Grilo e Eliane Canzi Bolzan, munícipes que participaram de concurso, tendo a música, arranjo e adaptação de autoria de Edirval Roberto Krinke, e oficializado através da Lei nº 653/2004, de 14 de dezembro de 2004.
HINO DE PRANCHITA
Música, arranjo e adaptação da letra: Edi (studio & digital) Capanema.
Letra: Maria Alexandra Hendges Pasqualotto, Armindo Grilo e Eliane Canzi Bolzan.
Como é bom saudar
A terra bendita em que vivemos
Com cultura e povos diferentes
Juntos e irmanados construindo a sua história.
No Sudoeste do Paraná
Território de riquezas naturais
Os desbravadores que aqui passaram
Deixaram com o seu suor a terra irrigar.
Oh! Pranchita, terra amada!
De um povo hospitaleiro e gentil
És nossa honra, és nossa glória!
Tu és um pedacinho do Brasil.
Seus filhos e herdeiros muito unidos
Com amor, trabalho e dedicação.
Aqui fizeram a gloriosa história
Em onze de maio, a emancipação.
Terra de um povo trabalhador
Que na força da agricultura
Pecuária indústria e comércio
Acredita num futuro promissor
Oh! Pranchita, terra amada!
De um povo hospitaleiro e gentil
És nossa honra, és nossa glória!
Tu és um pedacinho do Brasil.
Fonte: Prefeitura Municipal de Pranchita.
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